quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

O rosto da mulher madura – Affonso Romano de Sant’Anna


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O rosto da mulher madura entrou na moldura de meus olhos.
De repente, a surpreendo num banco olhando de soslaio, aguardando sua vez no balcão. Outras vezes ela passa por mim na rua entre os camelôs. Vezes outras a entrevejo no espelho de uma joalheria. A mulher madura, com seu rosto denso esculpido como o de uma atriz grega, tem qualquer coisa de Melina Mercouri ou de Anouke Aimé.
Há uma serenidade nos seus gestos, longe dos desperdícios da adolescência, quando se esbanjam pernas, braços e bocas ruidosamente. A adolescente não sabe ainda os limites de seu corpo e vai florescendo estabanada. É como um nadador principiante, faz muito barulho, joga muita água para os lados. Enfim, desborda.
A mulher madura nada no tempo e flui com a serenidade de um peixe. O silêncio em torno de seus gestos tem algo do repouso da garça sobre o lago. Seu olhar sobre os objetos não é de gula ou de concupiscência. Seus olhos não violam as coisas, mas as envolvem ternamente. Sabem a distância entre seu corpo e o mundo.
A mulher madura é assim: tem algo de orquídea que brota exclusiva de um tronco, inteira. Não é um canteiro de margaridas jovens tagarelando nas manhãs.
A adolescente, com o brilho de seus cabelos, com essa irradiação que vem dos dentes e dos olhos, nos extasia. Mas a mulher madura tem um som de adágio em suas formas. E até no gozo ela soa com a profundidade de um violoncelo e a sutileza de um oboé sobre a campina do leito.
A boca da mulher madura tem uma indizível sabedoria. Ela chorou na madrugada e abriu-se em opaco espanto. Ela conheceu a traição e ela mesma saiu sozinha para se deixar invadir pela dimensão de outros corpos. Por isto as suas mãos são líricas no drama e repõem no seu corpo um aprendizado da macia paina de setembro e abril.
O corpo da mulher madura é um corpo que já tem história. Inscrições se fizeram em sua superfície. Seu corpo não é como na adolescência uma pura e agreste possibilidade. Ela conhece seus mecanismos, apalpa suas mensagens, decodifica as ameaças numa intimidade respeitosa.
Sei que falo de uma certa mulher madura localizada numa classe social, e os mais politizados têm que ter condescendência e me entender. A maturidade também vem à mulher pobre, mas vem com tal violência que o verde se perverte e sobre os casebres e corpos tudo se reveste de uma marrom tristeza.
Na verdade, talvez a mulher madura não se saiba assim inteira ante seu olho interior. Talvez a sua aura se inscreva melhor no olho exterior, que a maturidade é também algo que o outro nos confere, complementarmente. Maturidade é essa coisa dupla: um jogo de espelhos revelador.
Cada idade tem seu esplendor. É um equívoco pensá-lo apenas como um relâmpago de juventude, um brilho de raquetes e pernas sobre as praias do tempo. Cada idade tem seu brilho e é preciso que cada um descubra o fulgor do próprio corpo.
A mulher madura está pronta para algo definitivo.
Merece, por exemplo, sentar-se naquela praça de Siena à tarde acompanhando com o complacente olhar o vôo das andorinhas e as crianças a brincar. A mulher madura tem esse ar de que, enfim, está pronta para ir à Grécia. Descolou-se da superfície das coisas. Merece profundidades. Por isto, pode-se dizer que a mulher madura não ostenta jóias. As jóias brotaram de seu tronco, incorporaram-se naturalmente ao seu rosto, como se fossem prendas do tempo.
A mulher madura é um ser luminoso é repousante às quatro horas da tarde, quando as sereias se banham e saem discretamente perfumadas com seus filhos pelos parques do dia. Pena que seu marido não note, perdido que está nos escritórios e mesquinhas ações nos múltiplos mercados dos gestos. Ele não sabe, mas deveria voltar para casa tão maduro quanto Yves Montand e Paul Newman, quando nos seus filmes.
Sobretudo, o primeiro namorado ou o primeiro marido não sabem o que perderam em não esperá-la madurar. Ali está uma mulher madura, mais que nunca pronta para quem a souber amar.
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Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!

É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!

É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!

E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!

Florbela Espanca

_________________ O Livro dos Dias

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terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

O FRASCO DE MAIONESE E CAFÉ

Quando as coisas na vida parecem demasiado, quando 24 horas por dia não são suficientes... Lembre-se do frasco de maionese e do café.

Um professor, durante a sua aula de filosofia sem dizer uma palavra, pega num frasco de maionese e esvazia-o...tirou a maionese e encheu-o com bolas de Golf.

A seguir perguntou aos alunos se o Frasco estava cheio. Os estudantes responderam sim.

Então o professor pega numa caixa cheia de pedrinhas e mete-as no frasco de maionese. As pedrinhas encheram os espaços vazios entre as bolas de Golf.

O professor voltou a perguntar aos alunos se o frasco estava cheio, e eles voltaram a dizer que sim.

Então...o professor pegou outra caixa...uma caixa cheia de areia e esvaziou-a para dentro do frasco de maionese. Claro que a areia encheu todos os espaços vazios e uma vez mais o professor voltou a perguntar se o frasco estava cheio. Nesta ocasião os estudantes responderam em unânime "Sim !".

De seguida o professor acrescentou 2 xícaras de café ao frasco e claro que o café preencheu todos os espaços vazios entre a areia. Os estudantes nesta ocasião começaram a rir-se...mas repararam que o professor estava sério e disse-lhes:

'QUERO QUE SE DEEM CONTA QUE ESTE FRASCO REPRESENTA A VIDA'.

As bolas de Golf são as coisas Importantes:

como a FAMÍLIA, a SAÚDE, os AMIGOS, tudo o que você AMA DE VERDADE.

São coisas, que mesmo que se perdêssemos todo o resto, nossas vidas continuariam cheias.

As pedrinhas são as outras coisas que importam como: o trabalho, a casa, o carro, etc.

A areia é tudo o demais, as pequenas coisas.

'Se puséssemos 1º a areia no frasco, não haveria espaço para as pedrinhas nem para as bolas de Golf.

O mesmo acontece com a vida'.

Se gastássemos todo o nosso tempo e energia nas coisas pequenas, nunca teríamos lugar para as coisas realmente importantes.

Preste atenção às coisas que são cruciais para a sua Felicidade.

Brinque ensinando os seus filhos,

Arranje tempo para ir ao medico,

Namore e vá com a sua/seu namorado(a)/marido/mulher jantar fora, Dedique algumas horas para uma boa conversa e diversão com seus amigos

Haverá sempre tempo para trabalhar, limpar a casa, arrumar o carro...

Ocupe-se sempre das bolas de Golf 1º, que representam as coisas que realmente importam na sua vida.

Estabeleça suas prioridades, o resto é só areia...

Porém, um dos estudantes levantou a mão e perguntou o que representaria, então, o café.

O professor sorriu e disse:

"...o café é só para vos demonstrar, que não importa o quanto a nossa vida esteja ocupada, sempre haverá espaço para um café com um amigo.
Um ótimo dia para todos.
Foto: O FRASCO DE MAIONESE E CAFÉ

Quando as coisas na vida parecem demasiado, quando 24 horas por dia não são suficientes... Lembre-se do frasco de maionese e do café.

Um professor, durante a sua aula de filosofia sem dizer uma palavra, pega num frasco de maionese e esvazia-o...tirou a maionese e encheu-o com bolas de Golf.

A seguir perguntou aos alunos se o Frasco estava cheio. Os estudantes responderam sim.

Então o professor pega numa caixa cheia de pedrinhas e mete-as no frasco de maionese. As pedrinhas encheram os espaços vazios entre as bolas de Golf.

O professor voltou a perguntar aos alunos se o frasco estava cheio, e eles voltaram a dizer que sim.

Então...o professor pegou outra caixa...uma caixa cheia de areia e esvaziou-a para dentro do frasco de maionese. Claro que a areia encheu todos os espaços vazios e uma vez mais o professor voltou a perguntar se o frasco estava cheio. Nesta ocasião os estudantes responderam em unânime "Sim !".

De seguida o professor acrescentou 2 xícaras de café ao frasco e claro que o café preencheu todos os espaços vazios entre a areia. Os estudantes nesta ocasião começaram a rir-se...mas repararam que o professor estava sério e disse-lhes:

'QUERO QUE SE DEEM CONTA QUE ESTE FRASCO REPRESENTA A VIDA'.

As bolas de Golf são as coisas Importantes:

como a FAMÍLIA, a SAÚDE, os AMIGOS, tudo o que você AMA DE VERDADE.

São coisas, que mesmo que se perdêssemos todo o resto, nossas vidas continuariam cheias.

As pedrinhas são as outras coisas que importam como: o trabalho, a casa, o carro, etc.

A areia é tudo o demais, as pequenas coisas.

'Se puséssemos 1º a areia no frasco, não haveria espaço para as pedrinhas nem para as bolas de Golf.

O mesmo acontece com a vida'.

Se gastássemos todo o nosso tempo e energia nas coisas pequenas, nunca teríamos lugar para as coisas realmente importantes.

Preste atenção às coisas que são cruciais para a sua Felicidade.

Brinque ensinando os seus filhos,

Arranje tempo para ir ao medico,

Namore e vá com a sua/seu namorado(a)/marido/mulher jantar fora, Dedique algumas horas para uma boa conversa e diversão com seus amigos

Haverá sempre tempo para trabalhar, limpar a casa, arrumar o carro...

Ocupe-se sempre das bolas de Golf 1º, que representam as coisas que realmente importam na sua vida.

Estabeleça suas prioridades, o resto é só areia...

Porém, um dos estudantes levantou a mão e perguntou o que representaria, então, o café.

O professor sorriu e disse:

"...o café é só para vos demonstrar, que não importa o quanto a nossa vida esteja ocupada, sempre haverá espaço para um café com um amigo.
Um ótimo dia para todos.










"E o meu exercício diário continua sendo decifrar as questões que a vida me dá. É quase um malabarismo, onde manter a lucidez é imprescindível. Então vasculho todos os espaços existentes em mim, E percebo que não preciso ter todas as respostas, basta não me fazer de desentendida e aceitar todas as perguntas. O maior erro do ser humano não é o vacilo que muitas vezes comete, mas se submeter a cegueira para obter somente a resposta que lhe interessa!" (Fernanda Gaona)

Com licença poética – Adélia Prado

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Com licença poética
Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não sou tão feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e
ora sim, ora não, creio em parto sem dor.
Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos
— dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável. Eu sou.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Resenha e Resumo do livro "A Última Música"

Daqui uns minutinhos estarei assistindo o Filme, aí só depois que postarei meu ponto de vista, o que achei, apesar que sempre fica algo para trás que foi ressaltado no livro e não no filme...bora assistir para depois falar mais detalhadamente!!


Sinopse: Aos dezessete anos, Verônica Miller, ou simplesmente Ronnie, vê sua vida virada de cabeça para baixo, quando seus pais se divorciaram e seu pai decide ir morar na praia de Wrightsville, na Carolina do Norte. Três anos depois, ela continua magoada e distante dos pais, particularmente do pai. Entretanto, sua mãe decide que seria melhor para os filhos passarem as férias de verão com ele na Carolina do Norte. O pai de Ronnie, ex-pianista, vive uma vida tranquila na cidade costeira, absorto na criação de uma obra de arte que será a peça central da igreja local. Ressentida e revoltada, Ronnie rejeita toda e qualquer tentativa de aproximação dele e ameaça voltar para Nova York antes do verão acabar. É quando Ronnie conhece Will, o garoto mais popular da cidade, e conforme vai baixando a guarda começa a apaixonar-se profundamente por ele, abrindo-se para uma nova experiência que lhe proporcionará uma imensa felicidade – e dor – jamais sentida. Uma história inesquecível de amor, carinho e compreensão – o primeiro amor, o amadurecimento, a relação entre pais e filhos, o recomeço e o perdão – A ULTIMA MÚSICA demonstra, como só Nicholas Sparks consegue, as várias maneiras que o amor é capaz de partir e curar seu coração. 

Resumo: A Última Música, conta a história de Roonie uma adolescente de 17 anos (quase fazendo 18) que é obrigada pela mãe a viajar com seu irmão para o a Carolina do Norte, passar as férias de verão com seu pai. Roonie é brigada com seu pai, pois ele na concepção dela, abandonou sua família. Quando pequena, Steve (o pai), ensinava a Roonie a tocar piano, mas depois desse "abandono" Roonie prometeu a si mesma que nunca iria tocar novamente. Nessas férias de verão ela briga com o pai a cada palavra que ele dá, ao contrário de seu irmãozinho (Jonah) que se dá muito bem com o pai. Entre várias de suas saídas e escapulidas para se livrar de seu pai, Roonie encontra Glaze ( Galadriel) que depois de colocar Roonie numa tremenda enrascada viram amigas. Num festival que estava acontecendo, Roonie, pra se distrair, vai assistir um jogo de vôlei de praia, e acidentalmente a bola bate em seu refrigerante e a molha toda, é aí que ela conhece o Will. (Spoiler) É aí que ela começa a baixar a guarda, começa a gostar de seu pai, mas sua pouca vida de rebelde tem muitas consequências, além de Roonie perceber que seu pai está com uma doença grave e que ela só foi mandada para vê-lo, pois essa pode ser a última vez em que ela o verá vivo.

Resenha: A última música não se resume em um romance, é uma história sobre o amor em todas as suas formas; o inesquecível primeiro amor, e PRINCIPALMENTE o amor incondicional entre um pai e seus filhos, que nos mostra que devemos dar mais valor ás nossas famílias. O ritmo da leitura é leve e estimulante, o jeito que Nicholas Sparks escreve é muito legal, pois te seduz. Além do escritor dar uma visão e ponto de vistas de todos os personagens  até os coadjuvante.







“O correr da vida embrulha tudo.
A vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem..”

Guimarães Rosa.