quinta-feira, 10 de setembro de 2015

{Uma Nova História}

{Uma Nova História}



Antigamente eu escrevia apenas quando sofria (e como escrevia!). Com um punhado de letras metralhava o “oponente” com palavras afiadas de tristeza. Foram anos escrevendo e (se) ferindo com frases e orações escolhidas no fundo do abismo mais profundo da alma.
Meses se passaram e nenhuma palavra saiu pelos dedos. As armas foram guardadas, as lágrimas secaram e silêncio reinou. Hoje, voltei a derramar as velhas conhecidas lágrimas, como naquele tempo. Mas pela primeira vez, chorei sem sofrimento e tristeza. Chorei de saudade, de sentir falta do cheiro, do gosto. Chorei porque vou ficar longe. Chorei porque parei de escrever sobre dores. Chorei porque finalmente entendi: ágape.
Hoje, escrevo sobre cores. As cores que direciono para as pessoas que me fazem bem. Pra você, são todas elas. Uma mistura alegre e colorida de tudo que precisa para transformar o mundo. O nosso mundo! Que a cada dia, a cada desafio como esses tantos km que nos separam agora, pintamos um pedacinho.
Batendo hoje com suavidade nas teclas dessa máquina, continuo a escrever. Com um sorriso tranquilo e a lembrança do calor do meu peito. Agora, uma nova história. Talvez, inspirado em alguma obra já existente, em alguma heroína já existente. Quem sabe?!


sexta-feira, 4 de setembro de 2015

#Depois dos 40



"O valioso tempo dos maduros"



“Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para a frente do que já vivi até agora. 
Tenho muito mais passado do que futuro.
Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de cerejas. 
As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo
que faltam poucas, rói o caroço.
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflamados. 
Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
Já não tenho tempo para conversas intermináveis,
para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha.
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos.
Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário geral do coral. 
As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos.
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa.
Sem muitas cerejas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade, quero caminhar perto de coisas e pessoas de verdade.
O essencial faz a vida valer a pena. 
E para mim, basta o essencial!"
Bora ser feliz meu povo e minhas povas!!!!!!!
Mário de Andrade